
Venâncio Mondlane esclarece motivos de saída do país após notificação da PGR
Maputo, Moçambique – O político Venâncio Mondlane explicou, nesta segunda-feira (11), os motivos que o levaram a deixar o país recentemente, após ser notificado pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
Segundo Mondlane, sua saída não foi uma fuga, mas sim uma agenda previamente estabelecida com três compromissos internacionais.
De acordo com suas declarações, o primeiro motivo foi um convite do Conselho da SADC para Organizações Não Governamentais, um fórum que reúne ONGs da região. O segundo foi um encontro com o ex-presidente do Botswana, Ian Khama.
O terceiro estava relacionado a uma parceria com um canal de mídia global baseado no Botswana, que busca estabelecer acordos informais com figuras políticas de destaque.
“Melhor nunca chegou a ser uma fuga. No dia 9 de janeiro, quando regressei, deixei claro que meu principal objetivo era estar à disposição da justiça, já que havia comunicados da PGR mencionando processos contra mim, mesmo sem eu ter sido formalmente notificado”, afirmou Mondlane.
O político também ressaltou que seu retorno ao país teve como propósito estar próximo do povo e participar da mesa de diálogo, além de denunciar a violência crescente em Moçambique.
“Estamos a assistir a sequestros, assassinatos e massacres. Há um verdadeiro genocídio acontecendo aqui”, afirmou.
Assassinatos políticos e repressão
Mondlane denunciou ainda dois assassinatos ocorridos recentemente em Massinga, que, segundo ele, estariam ligados à repressão contra manifestações. Ele citou um episódio em que um chefe de quarteirão teria indicado manifestantes à polícia antes do crime.
Ele também mencionou os ataques ocorridos durante a sua campanha, incluindo um atentado em Zavala, no qual o agressor foi detido com uma arma de 9 mm e 15 balas na câmara.
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